quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A arte sob a mira de atiradores de elite (CNA)


Em meio a um período de intolerância ostensiva que abrange todo o nosso globo terrestre, “atiradores de elite” aguardam por uma boa oportunidade de deflagrar um disparo letal contra tudo aquilo que diverge às suas predileções. Munidos com suas armas carregadas de balas calibre “críticas destrutivas”, estão sempre dispostos a derrubar perspectivas alheias.
Com rotineira habitualidade, a mira desses assassinos da diversidade – na tola e dispensável tentativa de impor suas preferências – alcançam a arte, alvejando-a com discursos ofensivos e desnecessários.
Através de uma rápida pesquisa pela web, qualquer um é capaz de verificar – sem a necessidade de grande esforço – o quão dura tem sido a crítica de algumas pessoas com relação aos gostos de outras. Comunmente vemos estilos musicais e gêneros literários sendo massivamente contestados sem o menor respeito com relação aos direitos do próximo. Os “atiradores” não se dão conta de que seja a arte exprimida pela Nona Sinfonia de Beethoven ou pelo Tchê tchê rê rê de Gustavo Lima, o fim é o mesmo: entreter seus adeptos. Portanto, a coexistência de ambas é perfeitamente aceitável.
De maneira alguma me coloco na condição de indivíduo avesso ao direito de opinião, mas até que ponto é aceitável essa contestação ofensiva que tem sido feita por uma parcela da sociedade? Não podemos naturalizar o inaceitável. A intolerância deve ser substituída pelo respeito, pois, de modo improvável, uma sociedade dividida em grupos guardará sempre as mesmas afinidades.  Diante de tal constatação, os “atiradores de elite” deveriam cessar fogo a fim de evitar a frustração de utilizar toda perigosa munição “crítica destrutiva” e, ainda assim, continuar a assistir a existência da diversidade de preferências.  Como costumam dizer por aí : “Cada um no seu quadrado!”

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