Em meio a um período de
intolerância ostensiva que abrange todo o nosso globo terrestre, “atiradores de
elite” aguardam por uma boa oportunidade de deflagrar um disparo letal contra
tudo aquilo que diverge às suas predileções. Munidos com suas armas carregadas
de balas calibre “críticas destrutivas”,
estão sempre dispostos a derrubar perspectivas alheias.
Com rotineira habitualidade,
a mira desses assassinos da diversidade – na tola e dispensável tentativa de impor
suas preferências – alcançam a arte, alvejando-a com discursos ofensivos e
desnecessários.
Através de uma rápida
pesquisa pela web, qualquer um é capaz de verificar – sem a necessidade de grande
esforço – o quão dura tem sido a crítica de algumas pessoas com relação aos
gostos de outras. Comunmente vemos estilos musicais e gêneros literários sendo
massivamente contestados sem o menor respeito com relação aos direitos do
próximo. Os “atiradores” não se dão conta de que seja a arte exprimida pela
Nona Sinfonia de Beethoven ou pelo Tchê tchê rê rê de Gustavo Lima, o fim é o
mesmo: entreter seus adeptos. Portanto, a coexistência de ambas é perfeitamente
aceitável.
De maneira alguma me coloco
na condição de indivíduo avesso ao direito de opinião, mas até que ponto é
aceitável essa contestação ofensiva que tem sido feita por uma parcela da
sociedade? Não podemos naturalizar o inaceitável. A intolerância deve ser
substituída pelo respeito, pois, de modo improvável, uma sociedade dividida em
grupos guardará sempre as mesmas afinidades.
Diante de tal constatação, os “atiradores de elite” deveriam cessar fogo
a fim de evitar a frustração de utilizar toda perigosa munição “crítica destrutiva” e, ainda assim, continuar
a assistir a existência da diversidade de preferências. Como costumam dizer por aí : “Cada um no seu
quadrado!”
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